MK-ULTRA, foi um programa de experiências ilegais em humanos da CIA, idealizado pelo agente Sidney Gottlieb com objetivo de controle mental e lavagem cerebral de indivíduos durante a Guerra Fria, desenvolvendo drogas e procedimentos a serem usados em interrogatórios e tortura, para debilitar e forçar confissões por meio de controle de mente.

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Projeto MK-Ultra: com o objetivo de controle mental e lavagem cerebral de indivíduos durante a Guerra Fria.

As várias drogas utilizadas, todas do tipo drogas psicoativas, incluíram mescalina, LSD e outras. As experiências do MK-ULTRA têm relação com o desenvolvimento de técnicas de tortura contidas nos Manuais KUBARK divulgadas também pelos treinamentos da Escola das Américas. No livro “Torture and Democracy” (“Tortura e Democracia” em português), do professor Darius Rejali, é traçada a história do desenvolvimento de métodos de tortura, incluindo a passagem pelos estudos da CIA no MK-ULTRA, os Manuais KUBARK, as técnicas utilizadas em Abu Ghraib e a evolução de tortura desde os tempos medievais como uma atividade de interesse de vários governos.

O historiador Professor Alfred W. McCoy, em seu livro intitulado “Uma questão de Tortura: Interrogatórios da CIA da Guerra Fria à Guerra ao Terrorismo” (do inglês: “Question of Torture: CIA Interrogation, From the Cold War to the War on Terror”) documenta a relação dos experimentos do MK-ULTRA e sua evolução culminando na tortura em Abu Ghraib, Guantánamo e técnicas ainda utilizadas pelos Estados Unidos em prisões dentro e fora do país.

O autor e psiquiatra Harvey Weinstein estabeleceu o relacionamento direto das pesquisas em controle da mente feitas na Inglaterra pelo psiquiatra britânico William Sargant, envolvido nas pesquisas do MK-ULTRA na Inglaterra, com as experiências de Ewen Cameron no Canadá, também para o MK-ULTRA e com métodos atualmente usados como meios de tortura, por exemplo o uso de drogas alucinógenas como agentes desinibidores e da privação de sono. Ewen Cameron frequentemente contou com a colaboração de William Sargant, tendo ambos sido ligados aos experimentos da CIA.

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Aprovação por Sidney Gottlieb para sub projeto usando LSD.

As experiências foram feitas pelo Departamento de Ciências da CIA – Central Intelligence Agency Directorate of Science & Technology ౼ Office of Scientific Intelligence, em Inglês. O programa secreto começou no início dos anos 1950 e continuou até pelo menos o fim dos anos 1960. Há pesquisadores que afirmam que o programa provavelmente foi apenas interrompido ou escondido, tendo prosseguido clandestinamente. Como cobaias humanas, MK-ULTRA realizou testes sem consentimento em estrangeiros. As experiências ilegais foram realizadas não apenas sem consentimento mas também, na maioria dos casos, com vítimas masoquistas que sabiam que estavam sendo utilizadas como cobaias humanas.

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Sidney Gottlieb em 21 de setembro de 1977.

Em Abril de 1953, Sidney Gottlieb chefiava o super secreto Projeto MK-ULTRA que foi ativado pelo diretor da CIA, Allen Dulles. Gottlieb ficou conhecido também por ter desenvolvido meios de administrar LSD e outras drogas em pessoas sem o conhecimento destas e por autorizar e desenvolver o financiamento de pesquisas psiquiátricas com o objetivo de, segundo suas palavras “criar técnicas de romper a psique humana ao ponto de fazer com que o indivíduo admita que fez qualquer coisa, seja o que for”. Ele foi o patrocinador de médicos como Ewen Cameron e Harris Isbell em controversos estudos psiquiátricos em que seres humanos foram utilizados como cobaias humanas, sem o consentimento destes e sem o conhecimento de que estavam sendo usados nestas experiências e, em alguns casos, acreditando estarem recebendo tratamento. Inúmeras vítimas tiveram suas vidas destruídas até a morte. Os recursos para tais pesquisas eram fornecidos de maneira que não pudesse ser feita a relação imediata com a CIA. Um dos meios era, por exemplo, através da Fundação Rockefeller, uma fundação aparentemente dedicada ao desenvolvimento de pesquisas médicas em beneficio da sociedade.

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Frank Church chefiou a Comissão Church, uma investigação sobre as práticas das agências de inteligência dos Estados Unidos.

A Pesquisa ilegal da CIA veio a público pela primeira vez em 1975, quando da realização pelo Congresso americano de investigação das atividades da CIA por uma comissão de inquérito do Congresso dos Estados Unidos da América e por um Comitê do Senado americano. Foram os inquéritos chamados de Church Committee e Rockefeller Commission – Comitê Church e Comissão Parlamentar Rockefeller, em Português. As investigações foram prejudicadas pelo fato de que, em 1973, considerando a possibilidade de uma futura investigação, o então diretor do CIA, Richard Helms, ordenou a destruição de todos os dados e arquivos ligados aos experimentos em humanos feitos durante o Projeto MK-ULTRA.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_MKULTRA

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Abaixo um vídeo sobre o controle de algumas celebridades:


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